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19/04/2018

O que Você Precisa Saber sobre o Vegetarianismo

Não, eu ainda não me tornei vegetariana, mas como pouquíssima carne, normalmente 2 ou 3 vezes na semana. Gostaria de me tornar vegetariana, mas ainda não consegui me livrar de alguns gostos. Um dia, quem sabe...
Ser vegetariano, do ponto de vista nutricional, significa apenas não se alimentar de carnes de nenhum tipo.
A dieta vegetariana, quando bem planejada, é segura para todas as fases da vida: infância, idade adulta, senilidade, gestação e amamentação.
Se o planejamento nutricional é adequado, como deve ser para qualquer tipo de dieta, não há nenhuma limitação à prática de qualquer atividade física.

Os principais nutrientes que necessitam ser enfatizados na dieta vegetariana são: vitamina B12, vitamina B2, cálcio, zinco, ferro e gorduras do tipo ômega-3. A quantidade das demais vitaminas e minerais ingeridas por um vegetariano é muito maior do que a de uma pessoa que come carne em diversos estudos.

A questão da proteína é um mito. Os estudos científicos demonstram que ao atingir a necessidade energética diária, com alimentos de origem vegetal (principalmente grãos), todos os aminoácidos essenciais são supridos.

O único nutriente que necessita de suplementação é a vitamina B12. Essa suplementação deve ser realizada para crianças, gestantes e mulheres amamentando que não fazem uso diário de ovos e lácteos e para os que excluem todos os derivados animais da dieta (ovos e lácteos).
Todos os outros nutrientes podem ser perfeitamente obtidos na dieta sem suplementação.

O vegetarianismo costuma ser classificado da seguinte forma:

Ovolactovegetarianismo: utiliza ovos, leite e laticínios na sua alimentação.
Lactovegetarianismo: utiliza leite e laticínios na sua alimentação.
Ovovegetarianismo: utiliza ovos na sua alimentação.
Vegetarianismo estrito (veganismo): não utiliza nenhum produto de origem animal na sua alimentação.

A filosofia do veganismo (não consumo de qualquer produto que gere exploração e/ou sofrimento animal) adota o vegetarianismo estrito no âmbito da alimentação. Por isso, costuma-se também chamar de “vegano” aquele que não consome nenhum alimento de origem animal (carnes, ovos, laticínios, couro, etc.).

Muitas razões para ser vegetariano!

São diversos os motivos que levam os indivíduos a se tornarem vegetarianos:

Ética
São abatidos mais de 10 mil animais terrestres por minuto no Brasil para produzir carnes, leite e ovos. A maioria destes animais são frangos, porcos e bois – animais que têm uma complexa capacidade cognitiva e sentem dor, sofrimento e alegria da mesma forma que os cães que temos em casa. Os animais são sencientes (capazes de sofrer e sentir prazer e felicidade), por isso a escolha vegetariana é uma escolha de não compactuar com a exploração, confinamento e abate destes animais.

Saúde
Diversos estudos associam efeitos positivos de saúde com a maior utilização de produtos de origem vegetal e restrição de produtos oriundos do reino animal. De acordo com inúmeros estudos científicos – cada vez mais frequentes e publicados por instituições idôneas –, o consumo de carnes está diretamente associado ao risco aumentado de doenças crônicas e degenerativas como diabetes, obesidade, hipertensão e alguns tipos de câncer.

Meio ambiente
Segundo a ONU, o setor pecuário é o maior responsável pela erosão de solos e contaminação de mananciais aquíferos do mundo. A ONU também estimou que cerca de 14,5% das emissões de gases do efeito estufa oriundas de atividades humanas têm origem no setor pecuário. A maior parte do desmatamento da Amazônia tem sua origem na produção de carnes, laticínios e ovos. 97% do farelo de soja e 60% do milho produzidos globalmente são utilizados não para consumo humano, mas para virar ração para as fazendas e granjas industriais, produzindo alimentos a uma eficiência muito baixa.

Sociedade
A produção de alimentos através da atividade pecuária não é apenas ambientalmente degradante, mas também contribui significativamente para o desperdício global de alimentos, uma vez que são consumidos de 2 a 10 Kg de proteína vegetal (por exemplo, soja) para produzir apenas 1 Kg de proteína de origem animal. Em um mundo com 1 bilhão de pessoas que passam fome, jogar toda essa comida no lixo é socialmente inaceitável. Ademais, o setor pecuário concentra a maior parte da mão-de-obra escrava rural brasileira. 

Segundo alguns estudos, a principal motivação de adoção do vegetarianismo é a ética, seguido da motivação de saúde e, em menor proporção, de outras motivações.

Se você nunca considerou esta possibilidade e não consegue pensar em aderir, comece com a Segunda Sem Carne. Mas tenha certeza de que não é tão difícil quanto parece, é surpreendentemente delicioso, aumenta (em vez de diminuir) o seu repertório de pratos, culinárias e alimentos e, mais importante ainda, é o melhor que você pode fazer pela sua saúde, pelos animais, pelas pessoas e pelo meio ambiente.

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